O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE PARA ELE
Por Ricardo Rios | Publicado em 13/09/2016, do Main Press Center (MPC) no Rio de Janeiro Antônio Marcos é atleta de Vela Paralímpica em Minas Gerais. Mesmo o estado não possuindo saída para o mar, isso não o impediu de praticar o esporte e representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos
Em 1981, Antônio Marcos do Carmo tinha 12 anos de idade e deixava a escola após mais um dia de aula. E naquele dia sua vida mudaria para sempre. Antônio, que era um apaixonado por praticar esportes, sofreu um acidente de carro e precisou amputar o braço direito. Sua bacia fora esmagada e uma lesão no nervo ciático foi constatada após o acidente. "Logo depois do acidente, quando eu tirei a perna, eu fiquei assim: 'pô, não vou conseguir praticar mais o esporte que eu gostava de fazer'", disse. O que aquele garoto não imaginava é que, cerca de duas décadas depois do acidente, sua vida seria transformada por um esporte difícil de ver com frequência em Minas Gerais: a Vela.

Antônio Marcos (à direita) em uma competição internacional de Vela. Imagem: Reprodução/Facebook

Em 2007, Antônio Marcos foi convidado para velejar com um amigo. E foi aí que o amante de futebol, handebol, basquete e mountain bike conheceu a Vela, o esporte que mudaria sua vida. "Um amigo meu me convidou para velejar com ele. A namorada dele era instrutora de vela na Lagoa dos Ingleses [em Belo Horizonte] e ela estava participando de um projeto de inclusão. Ela me convidou para participar do projeto e foi aí que eu comecei na Vela", explica. Para Antônio, o contato com a natureza que a Vela proporciona é único e o motiva na prática do esporte. O esporte, segundo ele, mudou sua vida para melhor, pois graças ao esporte ele ganhou muita auto-estima.
MAS MINAS NÃO TEM MAR!
COMO ELE TREINA?

Imagem: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Antônio Marcos é atleta do Iate Clube Lagoa dos Ingleses, em Belo Horizonte, e treina na Lagoa, localizada próxima ao condomínio Alphaville e conhecida pelos barbacenenses que passam pela BR-040 em direção à capital mineira. A falta de mar em Minas Gerais é um desafio que Marcos e seus colegas de equipe conseguem driblar. Para sua preparação dos Jogos Paralímpicos, Antônio está há cerca de quatro anos treinando por 20 dias no Rio de Janeiro e outros 10 dias em Minas Gerais. A expectativa do velejador da Classe Sonar (com barcos que medem de 1m50 a 1m80) é brigar por uma medalha. A falta de mar em Minas não impede bons resultados de Marcos nos mundiais da categoria. Em 2011, em Weymouth (Inglaterra), ele terminou na 21a posição. Em 2013, Marcos melhorou a sua marca e ficou em 12o. Neste ano, no mundial realizado em Medemblik (Holanda), ele manteve o décimo segundo lugar. Parece ser impossível praticar Vela em Minas. Não para Antônio.
Antônio competirá nas seguintes provas das Paralimpíadas

Assista à participação de Antônio no MG '16
Agradecimentos: Comitê Paralímpico Brasileiro
Fornecimento de dados: Comitê Paralímpico Internacional
© TV Barbacena. All Rights Reserved. Rio 2016, Jogos Paralímpicos e Paralimpíadas 2016 são propriedades do Comitê Organizador Rio 2016. Marcas usadas para fins de cobertura jornalística, sem exploração comercial. Os anúncios inseridos nesta página não possuem relação com os Jogos Rio 2016 e são de apoiadores da cobertura do site TV Barbacena no evento.