Loucos por Barbacena

Blog da Produção

Este é o Blog da Produção da série de reportagens "Loucos por Barbacena", da TV Barbacena. Saiba mais como foram as gravações e o dia-a-dia de quem trabalhou no projeto. Voltar à home do blog

RECUPERANDO A HISTÓRIA DE BARBACENA PRESENTE NO WEBCENA
Por @RicardoMRios - Publicado em 09/07/2011 - Comente esse post

Antes de iniciar: o post é gigante. Nas linhas abaixo, você entenderá o motivo.

Existe um site essencial para a história da internet: o Archive.org. Nele, você pode encontrar diversos sites que estão arquivados neles. São sites que já acabaram ou que mudaram o seu visual. É muito interessante acompanhar alguns sites lá e ver como eles mudaram. Outras vezes, é bom entrar no Archive e relembrar como era a web no passado.

E você se pergunta: ok, mas o que isso tem a ver com o Loucos por Barbacena? Vou contar uma história que é um pouco longa, mas vocês vão gostar. Em 2001, surgiu no antigo IPanorama.com, o site da TV Panorama (afiliada da Globo na Região) - e que possuía aquele jingle "Entre neste universo, vá direto ao portal Ipanorama.cooooooooom" -, um site chamado WeBcena. Hoje, ele não existe mais. Porém, você pode encontra-lo no Archive.

Topo do WeBcena. Você se lembra deste site? Imagem: Reprodução/WeBcena/Archive.Org
Topo do WeBcena. Você se lembra deste site? Imagem: Reprodução/WeBcena/Archive.Org

E o WeBcena possuía um bom acervo da história de Barbacena. Por isso, decidi reproduzir uma parte dos textos do WeBcena neste post, já que tenho muito medo deste material ser deletado dos servidores do Archive em algum momento do tempo. Como o Loucos por Barbacena é um projeto de fomento da história de Barbacena, nada mais justo do que preservar estas informações.

Juntamente com as informações, deixarei o link do WeBcena. Vale ressaltar que nenhum texto do WeBcena foi alterado e o Archive está aí para comprovar. Outra coisa que deve ser levada em consideração: os dados do WeBcena não são atualizados desde 2001, então, as informações abaixo estão defasadas há mais de 10 anos.

Como o post está muito grande, criei links para você ir direto ao que deseja:

- Barbacena - História

- Barbacena - O nome

- Barbacena - Curiosidades

- Barbacena - Origem

- Barbacena - Estação Ferroviária

- Academia Barbacenense de Letras - Bibliografia sobre a cidade

Barbacena - História - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

Esta sessão apresenta um excelente histórico sobre Barbacena, que vai de 1500 até 2001 (10 anos atrás). Os textos, que foram publicados no WeBcena (para visualiza-los no WeBcena, clique aqui), tinham a colaboração do professor Mário Celso Rios:

1500 Antes e depois do descobrimento, até o século XVIII, predomínio na região dos índios puris, da nação tupi-guarani.

Nome do lugar "ibitipoca": casa do vento; os nativos acreditavam que no alto das serras azuis havia um lugar em que o vento residia (cf. Ibitipoca, Flausino Vale, 1917).

Palavras primitivas ainda ouvidas na região: grogotó, itacolomi, carandá, carandaí, itutinga, ibiapaba, mantiqueira, campolide, etc.
1693 Descoberta do ouro em Minas Gerais é oficializada.
1698 Estabelecimento de Garcia Rodrigues Paes e Domingos Rodrigues da Fonseca Leme na região, os quais vieram a fundar a fazenda da Borda do Campo - berço de Barbacena - entroncamento dos Caminhos Velho e Novo.

Nota: Garcia Rodrigues Paes é o incumbido do projeto da construção do Caminho Novo pelo governador do Rio de Janeiro Artur de Sá e Menezes, pois o Caminho Velho (de São Paulo às Minas) era de difícil acesso. O Caminho Novo posteriormente passou a ser a Estrada Real da Corte (1822).

O Rio das Mortes é o norteador dos desbravadores.
1720 Criação da capitania de Minas Gerais.
1725 Fica pronto o Caminho Novo.

Criação da Freguesia de N. Senhora da Piedade da Borda do Campo.
1748 Inauguração da capela-mor da Igreja Nova de N. Senhora da Piedade do Arraial da Borda do Campo.
1753 Revogação das restrições à construção de casas e pontos comerciais no arraial leva ao crescimento. Em pouco tempo a futura Barbacena se torna o vetor para as Gerais.
1759 Remodelação da Igreja Matriz e construção da Cadeia Pública seguindo a risca do mestre José Fernandes Pinto Alpoim.
1789 Conjuração Mineira, cinco barbacenenses têm participação: Pe. Manoel Rodrigues da Costa, Cel. Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Dr. Domingos Vidal Barbosa, Pe. José Lopes de Oliveira e Cel. José Aires Gomes.
1791 14/08 - Criação da Vila de Barbacena com todas as prerrogativas básicas de autonomia (entre elas o pelourinho e a câmara, de há muito sonhada pelos habitantes). O nome foi em homenagem ao Visconde de Barbacena - Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro. O primeiro presidente da Câmara foi Manoel de Sá Fortes Bustamante Nogueira. Teve muita força política e vários mandatos.
1792 Enforcamento de Tiradentes com requinte de tortura medieval no Rio de Janeiro. Braço direito fica em Barbacena (povo apavorado). É enterrado no cemitério dos escravos anexo à Igreja do Rosário.
1808 até 1853 - Período dos viajantes - Saint Hilaire, Debret, Rugendas, Richard Burton, Von Martius, Spix, Langsdorff, entre outros, deixam estudos, desenhos e análises sobre os mais diversos ângulos da terra, gente e costumes.
1822 09/02 – "Fico". Pedro Teixeira de Carvalho, presidente da Câmara Municipal, e outros apoiam D. Pedro; Barbacena se oferece para abrigar a Corte.

Visita de D. Pedro a Barbacena. Hóspede da Fazenda da Borda do Campo e visita à Fazenda do Registro Velho.
1833 Criação da Comarca. Primeiro juiz: Francisco de Paula Cerqueira Leite.
1834 Aula pública de primeiras letras para meninos e meninas.
1835 Surge o primeiro jornal local, "O Parahybuna".
1837 Defesa de tese "Ensaio sobre o estudo da vida", por Camilo Maria Ferreira Armond (1815-1882), futuro Conde de Prados, pela Faculdade de Medicina de Paris.
1840 09/03 – Barbacena é elevada a cidade.
1842 10/06 – Revolução Liberal – momento de bravura e controvérsia. Participação do Pe. Manoel Rodrigues da Costa e de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha (Barão de Cocais) – presidente da Câmara – que é indicado governador interino de Minas Gerais e a guarda nacional, sob o comando do Cel. Francisco José de Alvarenga (avô de Plínio Tostes de Alvarenga) marcha para Ouro Preto. São derrotados por Caxias. Causa: liberais são colhidos de surpresa pelo decreto de dissolução da Câmara, após a decretação da maioridade de D. Pedro II em 1840.
1852 19/07 - Santa Casa de Misericórdia é fundada por Antônio José Ferreira Armond e inaugurada em 01-01-1858 (Irmandade de Santo Antônio).
1856 até 1861 - Rodovia União e Indústria (projeto e execução de Mariano Procópio Ferreira Lage, ligando Petrópolis a Juiz de Fora) trouxe progresso à região.
1858 Construção da Estrada de Ferro D. Pedro II (EFPII).
1861 "Colégio Victor Renault" é fundado por Pedro Victor Renault de Sierck.
1863 Inauguração do Cemitério da Boa Morte – "para católicos e acatólicos".
1874 06/01 – É inaugurado o Colégio Providência.
1876 Região torna-se rica em laticínios – berço do gado holandês e do queijo mineiro. Uso do coalho frísio – pioneirismo na América. Muitos escravos nas fazendas. Muitas diferenças sociais. Chega a modernidade também.
1880 Prolongamento da EFPII de João Gomes a Barbacena é concluído. Atuação de Henrique Dumont, pai de Alberto Santos=Dumont (1873-1932) – "Pai da Aviação").

Estabelecimento em Barbacena do Dr. Crispim Jacques Bias Fortes e início político dos Bias Fortes. Liga-se a Lima Duarte.
1881 Maçonaria – Início das atividades da Loja Operários da Luz, do Grande Oriente Unido do Brasil.

Água encanada chega à cidade. Obra de Belisário Augusto de Oliveira Pena (1836-1908), Visconde de Carandaí. Idem urbanização do centro com a construção do jardim municipal (1889).
1882 30/12 – A Biblioteca Pública é inaugurada no prédio da Câmara Municipal, com 5567 volumes, entre outros objetos.
1883 "Notícia da cidade de Barbacena e seu município" de Correia de Almeida é publicado. Esse livro é uma análise objetiva da terra por um filho da terra.
1884 Lima Duarte eleito senador do Império. Vinda do santista Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, alguns anos antes. Casamento com parente de Lima Duarte. Início político dos Andradas.
1888 Henrique Augusto de Oliveira Diniz incentiva o Movimento Republicano local.

Criação da Colônia Rodrigo Silva para os imigrantes.
1889 Benjamin Constant, republicano, visita Barbacena e hospeda-se na Fazenda Boa Vista (Fazenda do Galo), arrebanhando pessoas para sua causa política.

A Estrada de Ferro Pedro II se transforma em Estrada de Ferro Central do Brasil.
1890 É criado o Ginásio Mineiro no antigo sítio da Baronesa de Santana, mãe de Mariano Procópio Ferreira Laje, construtor da estrada União e Indústria. Objetivo: formar elites da República.

Vinda de Machado de Assis a Barbacena. Quando morre em 1908 haverá grande destaque na imprensa local.

Virgílio de Melo Franco na cidade.

Até 1891 – Crispim Jacques Bias Fortes é governador de Minas Gerais. Grande força nos trabalhos para a mudança da capital.
1891 Criação da Banda de Música Inspiração da Boa Vista
1893 07/05 – A Escola Normal é inaugurada.

É criada a Corporação Musical Correia de Almeida.

Muda-se para Barbacenao maestro Manoel Joaquim de Macedo (autor de "Tiradentes").

"Comissão D'Estudo das Localidades Indicadas Para a Nova Capital" - Diagnóstico sobre Barbacena - relatório de Manoel da Silva Couto. Publicado sob coordenação de Aarão Reis, Imprensa Oficial, 1 volume, Rio de Janeiro.
1895 O Colégio Imaculada Conceição para moças é fundado pela Irmã Paula Boisseau.
1897 Inauguração de Belo Horizonte. A Corporação Musical "Correia de Almeida" se fez presente.

Revolução de Canudos – criação em Barbacena da Centúria Republicana para combater Antônio Conselheiro (monarquista).

Surge "O Mensal" - revista literária ilustrada de Alberto Delpino.
1898 O jornal "Cidade de Barbacena" é fundado por Emílio Gonçalves, sendo um dos marcos no jornalismo das Minas Gerais. É desativado em 1997.

Bondes puxados por mulas circulam da estação ferroviária até o Hotel Americano (onde hoje é o Supermercado Sales, próximo à Policlínica Maternidade). Isso foi notícia na edição de 31/07.

Asilo de órfãos – fundado pela Baronesa Maria Rosa – dirigido pelas filhas da caridade de São Vicente de Paulo.
1900 O Dr. Joaquim Dutra indica Barbacena para abrigar o hospital dos alienados.
1901 Carlos Leal inaugura o cinema com "A Vida de Cristo", no processo denominado animatógrafo.

O telefone vira o assunto do dia.
1903 Barbacena recebe então seu mais ilustre filho – Santos=Dumont – e José Cipriano Soares Ferreira o homenageia com o poema "Hosana".

Fundação da Arcádia Barbacenense.
1905 Construção do teatro na rua Comendador João Fernandes. Era a Rua do Teatro. Lá houve depois o Cine Avenida, Cine Mineiro, Cine São José e Cine Brasil (1940).

Alberto Delpino é premiado por seus quadros em Turim e Nova Iorque.

Morre Correia de Almeida e o elogio fúnebre é feito pelo Pe. Sinfrônio Augusto de Castro, orador sacro, polemista e político.

28/09 – Inauguração do serviço de luz elétrica.

até 1914 – Febre Amarela. Belisário Augusto de Oliveira Pena (1868-1839), 2º Visconde de Carandaí, trabalha com Oswaldo Cruz como sanitarista e torna-se referencial no assunto em nível nacional.
1909 Paulo Benedetti inicia seus estudos e produção de filmes em Barbacena. Entre outras pesquisas, a metrofonia (som nos filmes).
1910 13/05 – Fundação da Academia Mineira de Letras em Juiz de Fora e do Cine Iris em Barbacena, ao lado da Câmara Municipal.

Rui Barbosa passa por Barbacena. Campanha Civilista.
1911 O Aprendizado Agrícola em Barbacena é regulamentado.
1912 Sericícola. A Fazenda Regional de Criação do Bicho da Seda é inaugurada – Amilcar Savassi.
1917 "O Tiradentes" de Soares Ferreira é publicado.

Morre Crispim Jacques Bias Fortes e é construído seu monumento.
1918 Surto de Gripe Espanhola em Barbacena. Atuação da maçonaria.
1919 "Renovação" de Maria Lacerda de Moura é obra mais contestadora jamais escrita por uma mulher até então.

Destacam-se socialmente as artistas plásticas Ana Mangualde e Petrina Coutinho e os escritores Vito Leão e
Abgar Renault.

A obra em versos "Ignotae Deae" de
Honório Armond é publicada.
1920 Visita a Barbacena e Palmyra dos reis belgas Alberto e Elisabeth. Incidente diplomático com Santos=Dumont.
1921 Maria Sabina de Albuquerque (1898-1991) lança "Na Penumbra do Sonho" e torna-se marco em arte de declamar e dizer.
1923 Inauguração do Banco do Brasil em Barbacena e do Fórum Mendes Pimentel.

O Cine Apolo é inaugurado em 12/08, por Aroldo Piacesi (1881-1954) e Ines Piacesi (1883-1981). Ela editou o "Apolo Jornal" (sobre cinema) e "Rubicon" (moda, amenidades e ideologia italiana então dominante em política).

Inauguração da Estrada de Ferro Oeste de Minas.
1925 É fundado o Banco Popular de Barbacena.
1926 Até 1930 – Antônio Carlos Ribeiro de Andrada é eleito governador de Minas Gerais. Institui o voto secreto, cria a atual UFMG, o Conservatório Mineiro de Música (com Flausino Vale), faz reforma na educação e traz Helena Antipoff para o estado. Sofistica a capital mineira.

Visita de Santos=Dumont à Colônia Rodrigo Silva - recepcionado por Luís Delbem.
1930 Revolução de 30 – ativa participação de barbacenenses. Aliança Liberal. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada: "Façamos a revolução antes que o povo a faça". José Bonifácio Lafaiete de Andrada é o líder local. É nomeado prefeito (1930-35). É editado o jornal "O Revolucionário", entre seus redatores estão Honório Armond e Carlos Drummond de Andrade.

Separação política dos Andradas com relação aos Bias Fortes.
1932 O 9º Batalhão de Caçadores Mineiros (9º BC) se instala em Barbacena.

A Fábrica de Tecidos "Ferreira Guimarães" ativa sua unidade em Barbacena.
1934 Guimarães Rosa passa por Barbacena como médico da PMMG. Faz muitos amigos (Geraldo França de Lima, Oswaldo Fortini, Honório Armond, etc.).
1936 Construção da Fiação e Tecelagem "São José".
1937 Até 1945 – Ditadura de Getúlio Vargas.Diminuição de investimentos na região.

Sobral Pinto (Heráclito Fontoura), barbacenense, é designado pela OAB-RJ advogado de Luís Carlos Prestes.
1940 "Resumo Histórico do Município de Barbacena", de Soares Ferreira, é publicado pela PMB.

"Barbacena" de C. Garden, 1 volume, é publicado pela Editora "Oficinas de A Noite", Rio de Janeiro.
1942 Georges Bernanos se exila em Barbacena. Cria a Casa Aberta no sítio da Cruz das Almas.
1943 24/10 – Manifesto dos Mineiros é impresso na cidade.
1944 II Guerra Mundial. Barbacena envia 100 pracinhas pela FEB (Força Expedicionária Brasileira) que foram incorporados ao 5º Exército Norte-Americano (Forças Aliadas) comandado pelo Gal. Mark Wayne Clark e do lado brasileiro pelo Gal. Mascarenhas de Morais. Faleceram José Leite Furtado, Alípio Napoleão de Andrada Serpa (tenente) e João Batista Ferreira (tenente). A Associação dos Ex-Combatentes funciona atualmente na Casa de Cultura de Barbacena. É presidida pelo Sr. Antônio de Paiva Neto.
1945 Criam-se o PSD e a UDN (Biistas no primeiro partido e Bonifacistas no segundo).
1947 Emeric Marcier (1916-1990) – o pintor estabeleceu-se em Barbacena no Sítio Santana, onde produziu muito de sua obra.
1948 11-01 - Rádio Barbacena, prefixo ZYL8, é a primeira emissora de rádio a transmitir regularmente em ondas médias.

"Músicos Mineiros" de Flausino R. Vale é publicado, em 1 volume, pela Imprensa Oficial, Belo Horizonte.
1949 Criação da Escola Preparatória de Cadetes do Ar.
1955 O Cine Teatro Palace é inaugurado em 18/12 (foi fechado em fevereiro de 2000).
1962 21-01 - Rádio Correio da Serra (ZYV52) é inaugurada.
1964 Revolução de 64 – Os militares unem o PSD com a UDN, criando a Arena e para oposição o MDB.

Movimentos como "Ouro para o bem do Brasil" e "Deus, Pátria e Família" chegam à cidade.
1965 Criação da Fundação Universitária "Presidente Antônio Carlos" (Fupac) que dá origem a atual Unipac.
1974 O Cine Glória é aberto no Pontilhão. Fechou em 1984.

"A Cultura em Barbacena" de Pe. Armando Cesário Ferreira Lima / Bonifácio Andrada sai pela Unipac.

"Proteção ao Menor: Leon Renault, Um Pioneiro" de Delso Renault, é publicado, 1 volume, Imprensa Oficial de Minas Gerais, Belo Horizonte. Contém perfis de barbacenenses.
1977 09/10 – A Academia Barbacenense de Letras é fundada por Plínio Tostes de Alvarenga e outros.
1979 "Desterro do Melo" de Nélson Tafúri, opúsculo, 36 páginas, Tipografia Lar de Maria, Conselheiro Lafaiete.
1983 "Minas Gerais - Ensaio de Filmografia" de Márcio da Rocha Galdino é publicado, em 1 volume, pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Belo Horizonte.
1985 "Barbacena – a Terra e o Homem" de Nestor Massena é publicado em 2 volumes pela IOMG (Imprensa Oficial de Minas Gerais).

Rádio Sucesso FM (101,7) é colocada no ar.

O Grupo Ponto de Partida, além de teatro, faz marcantes produções como palestras, encontros, etc.
1986 Instalação do pelotão do Corpo de Bombeiros (vinculado ao 4º Batalhão, com sede em Juiz de Fora) em Barbacena.
1987 "História da Maçonaria em Barbacena – de 1892 a 1925" de Paulo Ferreira Garcia, em 1 volume, é publicado pela Loja Maçônica Regeneração Barbacenense, Gráfica Editora Cidade de Barbacena.

"História Econômica de Juiz de Fora", vários autores, é lançado. 1 volume, edição do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora, Gráfica do Senado Federal, Brasília.
1988 "Uma Cidade à Beira do Caminho Novo" de Oswaldo Henrique Castello Branco sai, em 1 volume, pela Editora Vozes, Petrópolis.

Nota: o periódico "O Sol" do mesmo autor circulou de 1930 a 1951. Nele eram publicadas notícias de Barbacena com freqüência.

"Personalidades em Destaque" de Altair José Savassi é publicado pela Câmara Municipal de Barbacena, em 1 volume, Zas Gráfica e Editora, Juiz de Fora. Contém sínteses biográficas.
1990 Promulgação da Constituição do Município de Barbacena (14 títulos e 271 artigos). Direitos sociais e difusos.

"História de Capela Nova (1790-1990)" de José Vicente César, 1 volume, Editora O Lutador, Belo Horizonte.
1991 "Barbacena – 200 Anos" de Altair Savassi, em 2 volumes, é publicado pela Editora Lemi, Belo Horizonte.

"José Francisco Bias Fortes – Centenário" é publicado pelo Laboratório de Pesquisa Histórica (Laphis) da Fundação João Pinheiro, 1 volume, Belo Horizonte.

"Barbacena - Princesa dos Campos - Cidade das Rosas" de Plínio Alvarenga sai em 1 volume, edição do autor, Editora Cidade de Barbacena.
1993 Reformulação da Fundação Municipal de Cultura (Fundac - Glória Bittar e Edson Brandão).

O Centro Ferroviário de Cultura (Cefec) começa a funcionar na antiga Estação de Barbacena (Fundac).
1994 "José Bonifácio Lafayette de Andrada (Zezinho Bonifácio) – Uma vida dedicada à política" de Lígia Maria Pereira e Maria Auxiliadora de Faria, 1 volume, pelo BDMG Cultural (2ª edição sai em 1995, Fundac).

"O Brasil dos Viajantes – A Expedição Langsdorff" de Ana Maria de Moraes Belluzzo e outros, 3 volumes, USP, CNPq, Odebrecht, São Paulo.
1995 01/05 – Abertura pelo Governo Federal da Internet às pessoas comuns no Brasil.
1996 Rádio FM 104 inicia suas transmissões.

16/08 –
Museu da Loucura é inaugurado (Fundac - Fhemig)

Criação do Arquivo Paroquial (N. Sra. da Piedade pelo Pe. Paulo Dionê Quintão (documentos a partir de 1726).

"Sistema de Informações Municipais - Barbacena - Diagnóstico Municipal". Publicação do Sebrae-MG. Gilman Viana Rodrigues. Barbacena.
1997 A Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos inicia suas atividades (José Cimino).
1998 TV Panorama (Rede Globo) inicia geração de programas; em 1999 a TV Lafaiete e a TV Campos das Vertentes em maio de 2000.

"Presidente Antônio Carlos – um Andrada da República – o arquiteto da Revolução de 30" de Lígia Maria Leite Pereira e Maria Auxiliadora de Faria, 1 volume, co-edição Unipac – Editora Nova Fronteira.

"Loja Maçônica – União Palmyrense" e o venerável Antenor Aires Viana de Luiz Mauro Andrade da Fonseca e Geraldo Ribeiro da Fonseca, 1 volume, edição dos autores, impressão Centro Gráfico e Editora Ltda, Barbacena.

"Memórias para a História de Alto Rio Doce – Três Gerações" de Solange Marinho Gonçalves Pinto, 1 volume, edição da autora, Zas Gráfica e Editora Ltda, Juiz de Fora.
1999 02/06 - O Museu Municipal é entregue ao público. Ênfase no político-histórico-sócio-econômico (Fundac).
2000 Tombamento da Fazenda do Registro Velho, que pertenceu ao Pe. Manoel Rodrigues da Costa, pelo Governo Federal através do Iphan.

Em Barbacena há dois deputados federais (Bonifácio Andrada e Hélio Costa) e dois deputados estaduais (Antônio Carlos Andrada e Edson Rezende).

"Memória Histórica de Prados" de Dario Cardoso Vale sai em 1 volume, Armazém de Idéias, Belo Horizonte.

"De Prados, da Ponta do Morro para a Liberdade" de Paulo de Carvalho Vale, é publicado em 1 volume, Armazém de Idéias, Belo Horizonte.
2001 A cidade vive um impasse urbano: ocupacionismo, falta de uma lei sobre valorização da paisagem urbana, falta de espaços de lazer, áreas ambientais, excesso de veículos automotores, entre outros problemas.
  Nota: Dados coligidos por Mário Celso Rios, pesquisador.

Fontes: Obras citadas ao longo do texto, entre outras.

Comentário pessoal: alguém reparou aí no ano 2000 o nome TV Campos das Vertentes? O primeiro canal de televisão de Barbacena, de propriedade da família Andrada, fechou há anos. Mas não foi por conta de dinheiro, e sim por outro motivo: a geração de programação própria. Dê uma olhada neste link para saber mais.

Barbacena - O Nome - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

Barbacena é a denominação dada ao Arraial da Igreja Nova, quando de sua emancipação dada em 1791.

Era governador de Minas, Luis Antônio Furtado do Rio de Mendonça, o Visconde Barbacena, que, em meio ao processo de repressão à Inconfidência Mineira, estava sendo pressionado pela população do Arraial a separá-lo do termo de S. José deI-Rei (hoje Tiradentes).

O nome de Barbacena significa “cabana de Bárbaros” e é originário de uma aldeia de bárbaros localizada na atual região de Elvas, cidade portuguesa do Além-Tejo, que até hoje mantém um pequeno distrito com o mesmo nome.

A família nobre que ostentava o título de Senhores de Barbacena marcou a história brasileira com um Vice-Rei, um Governador da Capitania do Rio de Janeiro, de Minas Gerais (o Sexto Visconde de Barbacena que deu seu nome a cidade) e o Marquês de Barbacena, destacado político do Império.

Barbacena - Curiosidades - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

Índios - Diz a tradição que a região de Barbacena era habitada pelo índios puris. Estes fizeram seus primeiros contatos com a civilização a partir da chegada dos Jesuítas na região do Rio das Mortes. O último cientista a perceber a presença indígena nesta região foi Langsdorff em 1824.

lnconfidência Mineira - Nada menos que 5 inconfidentes moravam nos arredores do Arraial da Igreja Nova que viria a ser a cidade de Barbacena. Eram eles: José Ayres Gomes, Pe. Manoel Rodrigues da Costa, Joaquim Silvério dos Reis, os Irmãos Oliveira Lopes. Foi em Barbacena que, em 11 de abril de 1789, o contratador Joaquim Silvério dos Reis redigiu a carta denunciando o levante. E foi na rua principal do arraial que um dos braços de Tiradentes foi exposto para amedrontar o povo da cidade. É por isso que Barbacena tem como seu símbolo oficial o braço esquerdo do herói inconfidente.

Um personagem sui generis - Pe. Manoel Rodrigues da Costa, herdeiro da Fazenda do Registro em Barbacena é um dos poucos personagens históricos que viveu três momentos importantes da história brasileira: foi inconfidente em 1789, participou da Independência do Brasil como Vereador em Barbacena e foi um dos ideólogos da Revolução Liberal de 1842 contra as Regências. Portanto, conviveu com Tiradentes, D. Pedro I, D. Pedro II e Duque de Caxias. morreu com 90 anos.

Viajantes Estrangeiros - Por estar a beira do Caminho Novo. Barbacena recebeu a visita de vários viajantes estrangeiros entre cientistas e aventureiros, que registraram em seus diários aspectos curiosos dos antigos barbacenenses e sua vida. Entre eles figuram: John Mawe. Georg Wihelm Freireyss, Barão de Langsdorff, Hermann Burmeister, Spix et Martius, Saint-Hilaire, Hasenclever, Eschwege. entre outros.

Política - De muito longe vem a tradição política de Barbacena, cuja Câmara Municipal participou diretamente do movimento pela Independência do Brasil, sendo uma das primeiras Câmaras a apoiar a permanência de D. Pedro no Brasil. Por esta razão, recebeu o título de ‘muito nobre e leal vila de Barbacena’ dado no mesmo decreto que elevava Ouro Preto a condição de cidade Imperial. Em 1842 a Câmara de Barbacena, junto com a de Sorocaba, em São Paulo promoveram uma rebelião do Partido Liberal contra o Ministério Conservador de D. Pedro II. O barbacenense José Feliciano Pinto Coelho tomou-se Governador Interino de Minas mas foi deposto pelas tropas do Duque de Caxias.

Bias x Andradas - Na segunda metade do Século XIX, Barbacena já mantinha uma invejável representação política na provincia e na Corte. O Conde de Prados foi Deputado da Assembléia Imperial e Govemador do Rio de Janeiro em 1878. Mariano Procópio Ferreira Lage, construtor da Estrada União Indústria foi outro barbacenense de destaque. Em 1865 Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, neto de José Bonifácio. o Patriarca da Independência. Ao casar-se com Adelaide de Lima Duarte, Antônio Carlos funda o ramo mineiro dos Andradas. Em 1893, sendo Governador Chrispim Jacques Bias Fortes, o Congresso Mineiro reuniu-se em Barbacena para escolher a nova capital mineira. Entre dezembro de 92 e maio de 93, a equipe do engenheiro Aarão Reis fez nesta cidade estudos para construção da futura cidade de Belo Horizonte, que portanto nasceu em Barbacena. Em 1930, a Aliança Liberal colocou Getúlio Vargas no poder. Até então aliados, Bias e Andradas tornam-se rivais e passam a protagonizar a disputa mais célebre da política mineira.

Uma cidade de imigrantes - Em 1888, foi criada por D. Pedro II a Colônia Rodrigo Silva que trouxe para a cidade dezenas de famílias italianas, entre elas a célebre família Savassi, cujo o patriarca criou em Barbacena a famosa fábrica de sedas da Estação Sericícola.

Cidades das Rosas - O cultivo de rosas de Barbacena foi introduzido pelo alemão Ernesto Grizzi. em 1925. Desde então a cidade passou a ser conhecida a nível nacional como a ‘Cidade das Rosas” exportando seu produto para Europa e Estados Unidos.

Personalidades culturais - Barbacena tem em sua história cultural as presenças de Guimarães Rosa, que viveu na cidade durante dois anos, o poeta francês Georges Bernanos, que fugido da guerra na Europa viveu entre 1940-45 em Barbacena. Seu livro mais famoso "Sob o Sol de Satã” foi adaptado para o cinema e ganhou Palma de Ouro no Festival de Cannes. Emeric Racz Marcier, pintor de origem romena, viveu em Barbacena durante 50 anos, construindo uma carreira artística dc âmbito mundial.

Imprensa - Um dos mais antigos jornais de Minas surgiu em Barbacena em 1835 e chamava-se o Parahybuna. Depois dele surgiram dezenas de outros tipos. O Jornal Cidade de Barbacena funcionou de 1898 até 1990.

Barbacena - Origem - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

As primeiras informações sobre Barbacena ligam-se às Fazendas da Borda do Campo e do Registro Velho, construídas no início do século XVIII e que marcam a finalização da abertura do chamado Caminho Novo, que ligava o Rio de Janeiro ao interior das Minas Gerais. esta empreitada foi realizada por Garcia Rodrigues Paes Leme, filho do Bandeirante paulista Fernão Dias.

Garcia Rodrigues Paes construiu então a Fazenda da Borda do Campo, cuja Capela consagrada à N. Sra. da Piedade tomou-se Matriz em 1726.

Ficando pequena para o grande número de moradores da região da Borda do Campo, decidiu-se pela construção de uma Igreja maior. Em torno desse templo surgiu então por volta de 1760, o Arraial da Igreja Nova, que em 1791 tornou-se a Vila de Barbacena.

Barbacena - Estação Ferroviária - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

NOTA DO AUTOR DO POST: Só coloquei aqui alguns fragmentos da página sobre a Estação Ferroviária. O texto completo está neste link.

Barbacena está situada junto ao leito da antiga Estrada de Ferro Pedro II - E.F.P.II - (posteriormente à Proclamação da República denominada Estrada de Ferro Central do Brasil - E.F.C.B.) no krn 378,192 (bitola larga de 1,60rn) da linha do centro, que liga Rio de Janeiro a Belo Horizonte.

A marca da passagem da E.F.P.II em Barbacena pode ser vista nas inscrições do viaduto do Pontilhão (ex-Viaduto da Boa Vista).

O Jornal Tribuna da Mantiqueira, edição de 21 de fevereiro de 1979, informa-nos que o “Pontilhão” ficou conhecido na toponimia urbana e causou preocupações ao próprio Imperador D. Pedro II, que ao visitar Barbacena em 28 de março de 1881 anota em seu Diário: "O Viaduto da Boa Vista ao sair de Barbacena tem a cabeça do lado oposto e está rachado, segundo disse-me Ewbanck da Câmara. Há aterros, e consideráveis, onde podem ir o leito do nível à pouca distância, exigindo a má direção revestimentos de pedra dispendiosos. Aterros abatidos e um deles de tal forma que exige que o leito tome outra direção ao lado.”

Os trilhos da E.F.P.II partiram do Rio de Janeiro em 1858 e chegaram a esta cidade em 1880.Em 1895 chega à Capital Mineira, porém com o nome de Estrada de Ferro Central do Brasil.

Segundo Max Vasconcellos em seu livro intitulado “Vias Brasileiras de Comunicação”, edição de 1928, o objetivo da E.F.C.B. era ligar a Capital Federal (RJ) a Belém do Pará, via região central brasileira, o que não fora concluído, tendo a obra sido paralisada próximo a Pirapora (MG) - (km 1005,940).

A construção

O Eng. Henrique Durnont, pai de Santos Dumont, foi empreiteiro do trecho João Ayres (km 351,354) / Barbacena.

A Estação Ferroviária original foi inaugurada em 27 de junho de 1880, sob a administração do Eng. Herculano Veloso Ferreira Pena, sendo sido demolida posteriormente.

Por ser o ponto culminante do trajeto RJ-BH , 1.166m de altitude, em relevo acidentado, pode-se afirmar que os construtores deste trecho foram verdadeiros heróis.

A ampliação

Em 1881 a ferrovia chega a Carandaí (km 419,652), passando pelas estações de Sanatório (km 379,869), Alfredo Vasconcelos (km 389,523), Ressaquinha (km 402,457) e Hermilo Alves (km 410,130).

Em 15 de novembro de 1931 foi inaugurada a imponente estação, construída pela firma Dolabela, Portela & Cia, que permanece até os dias atuais. Segundo Altair José Savassi em seu livro intitulado “Barbacena 200 Anos”, Volume 1, a Estação de Barbacena é, sem dúvida, no trecho Rio de Janeiro-Belo Horizonte, uma das melhores estações da Central do Brasil.

Cidade Polo - entroncamento Central do Brasil / Oeste de Minas

Em 19 de novembro de 1910, autorizado pelo Mal. Hermes da Fonseca, e, sendo Ministro da Viação o Dr. Francisco Sã, foi assentada a primeira estaca da construção do Ramal da Estrada de Ferro Oeste de Minas - E.F.O.M - em bitola de 0,76m, entre a localidade de Ponte Nova (atual Campolide) e Barbacena. Os trabalhos inaugurais da Linha da Oeste tiveram início em 5 de setembro de 1912. Em 17 de março de 1923, Barbacena é também um dos pontos iniciais da E.FO.M com seus 723km de extensão. Chega a esta cidade o primeiro comboio da E.F.O.M., conduzindo os diretores daquela Estrada de Ferro. Compareceram a esta inauguração Dr. Francisco Sá (Ministro da Viação), o Dr. Fernando de Melo Viana (Secretário de Interior e representante do Dr. Raul Soares de Moura - Presidente do Estado de Minas Gerais), dentre outras autoridades da época.

A E.F.O.M. possuía em Barbacena uma estação provisória. Em 1931, passa a funcionar no mesmo prédio da E.F.C.B.

Em 30 de setembro de 1964, parte da Estação Ferroviária de Barbacena o último comboio da E.F.O.M, com destino à São João del Rei, obedecendo a um Plano de Erradicação de Ramais Deficitários, justificando ainda, que, Barbacena já estava ligada à São João Dei Rei por via rodoviária com um trecho menor (56 km), contra 96 km por via férrea.

Em 1950 é inaugurada a "Variante", entre as estações de Barbacena e Carandaí (via Estação de Eng. Simão Tamm - km 409,678), já que o traçado original, via Ressaquinha, era muito sinuoso e de rampas fortes.

Do traçado original, entre Barbacena e Carandaí, existem, hoje aproximadamente 2km, entre a Estação de Barbacena e o Terminal de Cimento Holdercim. Vale lembrar que, onde se encontram as instalações do Terminal de Cimento Holdercim, existia a Estação Ferroviária do Sanatório, posteriormente denominada Estação Bias Fortes (1º de dezembro de 1892 - 26 de junho de 1989), que foi demolida sem deixar vestígios. Até os paralelepípedos da ladeira de acesso à Estação Sanatório foram retirados.

Atualmente, todo o tráfego ferroviário entre RJ-BH, é feito pela “Variante”. Ainda é possível ver o que foi o traçado original da E.F.C.B. entre Barbacena e Carandaí. Após a cidade de Alfredo Vasconcelos, direção BH, observe os cortes da ex-Ferrovia no lado esquerdo da rodovia.

Por aqui trens de passageiros e cargas fizeram e marcaram nossa história. A saber:

1 - O famoso Trem de Passageiros VERA CRUZ, O Noturno, com seus carros luxuosos e requintados ligava Rio de Janeiro a Belo Horizonte. Inaugurado em 1949 e suspenso durante os anos de 1976 a 1980, fez sua última viagem em 1991.

2 - A Litorina que era urna espécie de bonde ferroviário era outra alternativa de transporte ferroviário, gran luxo, entre a Cidade Maravilhosa e a linda Capital Mineira.

3 - O Trem de Passageiros Baiano, que desconfortavelmente conduzia os imigrantes nordestinos entre Belo Horizonte e São Paulo, suprimido “até Segunda Ordem” em Fevereiro de 1979.

4 - O Trem de Passageiros Misto, que nos finais de semana, servia a população barbacenense num passeio turístico entre a Cidade das Rosas e Cabangu, segunda residência do Pai da Aviação.

5 - Os famosos trens a vapor N-1, N-2, R-1, R-2.

Todos, sem exceção, já não fazem parte do nosso dia a dia. Podemos dizer que Barbacena também, perdeu o trem! Mas, se vimos os Trens de Passageíros desaparecerem contemplamos agora composições imensas (cada vez maiores) conduzindo o Minério de Ferro com destino a diversas partes do mundo, utilizando os “Caminhos de Ferro” via Barbacena.

Por aqui, ainda são muito comuns trens de minério, cimento, produtos procedentes das siderúrgicas. Passam e lembram que o Brasil (ainda) precisa do trem.

Atualidade

Obedecendo ao Plano de Privatizações do sistema ferroviário as linhas que outrora pertenceram a Estrada de Ferro Central do Brasil (linha do centro e ramal de São Paulo), que estiveram sob a gerência da RFFSA até novembro de 1996, estão arrendadas à MRS Logística.

Por aqui não circulam trens de passageiros.

Barbacena e o Trem no Cinema

O Assalto ao Trem Pagador (1962). Diretor: Roberto Farias. Composições como a mostrada no filme passaram por Barbacena.

O Grande Mentecapto (1987). Diretor: Oswaldo Caldeira. Cenas filmadas na Estação de Barbacena.

Erotique (1993). Diretora: Ana Maria Magalhães. As cenas filmadas em Barbacena dão destaque ao antigo “Trem Vera Cruz”.

Outras Estórias. Pedro Bial. Baseado em Guimarães Rosa, faz referência a "Trem de Doido".

Curiosidades

Segundo o Jornal Cidade de Barbacena, de 31 de julho de 1898 havia uma ligação da Estação Ferroviária até o Hotel Americano (local onde hoje se encontra o Supermercado Sales - próximo à Policlínica Maternidade) feita por bondinhos puxados à mula, seguindo o trajeto da Rua 7 de Setembro.

Mariano Procópio Ferreira Lage (1821 - 1872) foi o terceiro diretor da E.F.C.B. Natural de Barbacena, dirigiu a E.F.C.B. no período de 14 de janeiro de 1869 a 14 de fevereiro de 1872.

Bibliografia

BOMFIM, Cláudio Luiz Nascimento. “Notas e Coleções - Memória do Trem”. Barbacena: 1985.

DAVI, Eduardo Gonçalves. “127 Anos de Ferrovia”. Juiz de Fora: editado pela Associação de Engenheiros da E. F. Central do Brasil, 1985.

SAVASSI, Altair José. “Barbacena 200 Anos”. Belo Horizonte: Editora Lemi, 1991.

SETTI, João Bosco & COELHO, Eduardo J.J. “A Era Diesel na EFCB”. Rio de Janeiro: editado pela Associação dos Engenheiros Ferroviários, 1993.

VASCONCELLOS, Max. “Vias Brasileiras de Comunicação - A Estrada de Ferro Central do Brasil, Linha do Centro e Ramaes”. Rio de Janeiro: Editora Pimenta de Mello & C, 1928.

NOMINATA DAS ESTAÇÕES - EFCB - Apostila. RJ: 08-07-1953.

ARQUIVO DA ACADEMIA BARBACENENSE DE LETRAS (fotos, recortes, livros, etc) 2001.

CARVALHO, Daniel de. “De outros tempos”. Rio de Janeiro: Editora José Olímpio, 1961.

Academia Barbacenense de Letras - Bibliografia sobre a cidade - LINK DO ARTIGO PARA O ARCHIVE.ORG

MARINHO, José Antônio. Historia do Movimento Politico que no anno de 1842 teve lugar na Provincia de Minas Geraes. Conselheiro Lafayette: Typographia Almeida, segunda edição, 1939. 398 pp.

MARINHO, José Antônio. História do Movimento Político de 1842. Belo Horizonte - São Paulo: Editora Itatiaia - Edusp, 1977. 312 pp.

REIS, Aarão. Estado de Minas Geraes. Commissão d'estudo das localidades indicadas para a nova capital - Relatório. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1893, Anexo C - Relatório dos estudos feitos em Barbacena pelo engenheiro civil Manoel da Silva Couto, 1893. 17 pp.

LAPHIS, Laboratório de Pesquisa Histórica (ÁVILA, Cristina & outras). José Francisco Bias Fortes: Centenário. Belo Horizonte: Ed. Fundação João Pinheiro, 1991. 170 pp.

PEREIRA, Lígia Maria & FARIA, Auxiliadora de. José Bonifácio Lafayette de Andrada (Zezinho Bonifácio). Uma vida dedicada à política. Belo Horizonte: Ed. BDMG/BDMG Cultural, 1994. 229 pp.

MASSENA, Nestor. Barbacena - A Terra e o Homem. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1985, 2 v.

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